O Sindipetro PA/AM/MA/AP se reuniu com o presidente da Transpetro, Sergio Bacci, durante visita de sua comitiva ao terminal de Belém (PA) na última segunda-feira (25/05). Participaram do encontro: o diretor de Operações Jones Soares, os gerentes executivos de RH – Alexandre Jatzak, de SMS – Raildo Viana e de dutos e terminais do Norte e Nordeste, Flavio Godinho.
O presidente da Companhia iniciou a reunião se colocando disponível ao diálogo com o Sindipetro e a categoria, buscando chegar a consensos e, caso não haja, construindo uma relação de transparência e respeito com a representação dos trabalhadores. Bacci reforçou sua meta de fortalecimento da Transpetro e da valorização da sua força de trabalho própria e contratada, inclusive com primeirização de atividades via concursos públicos.
A pauta regional trazida pelo Sindicato abrangeu os seguintes temas:
- Segurança operacional: foram discutidos os acidentes recentes com terceirizados ocorridos nos terminais de Belém (PA) e São Luís (MA), buscando ampliar o escopo da discussão para os aspectos corporativos de SMS que devem ser aprimorados. Entre eles, criação de comissões de investigação e devida classificação do nível dos acidentes, com participação do Sindicato; tratamento igualitário de empregados terceirizados quando da ocorrência de acidentes, correto registro da atividade profissional em carteira de trabalho e sindicalização na categoria correspondente, ademais da retomada de direitos dos empregados como plano de saúde extensivo aos familiares.
O Sindipetro cobrou o reconhecimento dos riscos ocupacionais nos programas de segurança no trabalho e no ASO, com o reconhecimento da exposição qualitativa ao benzeno e o decorrente direito à aposentadoria especial. Também foi solicitado, pelo Sindicato, melhorias nas condições do píer da CDP no terminal de Miramar. As obras foram confirmadas pela direção da empresa, visto que estão previstas no leilão vencido pela Transpetro para a área.
- Recomposição do efetivo: foi reivindicada, pelo Sindicato, a necessidade de reposição das perdas de postos por conta das saídas de empregados em razão dos PDVs e redução de contratos. Tanto na operação, quando manutenção, laboratório e setores de apoio e administrativos. O Sindipetro também solicitou que seja valorizada a força de trabalho local nas vagas e oportunidades da unidade.
- Investimentos: o Sindicato e a Alta Administração conversaram sobre a realidade do mercado local, especialmente em Belém, que apresenta desafios e oportunidades quanto a novos clientes e a concorrência do setor privado. O Sindipetro PA/AM/MA/AP cobrou que o atendimento a novas demandas venha necessariamente acompanhado de discussão sobre o efetivo necessário para atendimento com segurança nas operações. Também foi demandado pela representação dos(as) trabalhadores(as) que a existência da Sociedade de Propósito Específico Transbel não seja utilizada como justificativa para precarização das condições de trabalho da categoria.
- Outros pontos: o Sindicato trouxe ainda demandas como: a nomeação de gestores alinhados com os princípios da nova administração da empresa, de diálogo nas relações sindicais e respeito à categoria; a retomada ações simples para valorização da força de trabalho, como oferecimento de café da manhã nas unidades; retorno de eventos como os do calendário corporativo e regional (navio no Círio fluvial, por exemplo);
A maior parte das reivindicações tem sido debatidas nos 10 Grupos de Trabalho (GTs) temáticos envolvendo todo o Sistema Petrobras, com participação da Transpetro, cujo presidente se comprometeu a implementar as medidas pactuadas nos fóruns.
Na avaliação do Sindipetro PA/AM/MA/AP, é fundamental que nos mantenhamos unidos e organizados para seguir cobrando que sejam atendidas as demandas da categoria. Há grande expectativa dos(as) petroleiros(as) para que esta gestão e o novo governo cumpram com as medidas que os(as) trabalhadores(as) esperavam ao derrotar nas urnas o governo do genocida Bolsonaro e seu projeto de privatização e precarização das condições de trabalho.
No próximo período nossa tarefa é organizar uma grande campanha por um Acordo Coletivo de Trabalho que retome os direitos perdidos nos últimos anos e valorize aqueles(as) que produzem e produziram toda a riqueza gerada pelo Sistema Petrobras.
