TRANSPETRO: GG DA UO-NORTE RECEBE DEMANDAS DOS TERMINAIS AQUAVIÁRIOS

O gerente geral dos terminais de Belém (PA) e São Luís (MA), Gerson Melo, se reuniu com diretores do Sindipetro PA/AM/MA/AP na última semana (11/05). Foi o primeiro encontro com a representação dos trabalhadores desde que assumiu o cargo, no fim do ano passado.

O Sindicato trouxe demandas concentradas em quatro eixos, conforme resumo abaixo:

  • Segurança operacional: foram discutidos exaustivamente os acidentes ocorridos este ano com empregados de empresas contratadas nos terminais de Belém e São Luís. 

Em relação ao ocorrido na unidade do Pará, o Sindipetro PA/AM/MA/AP denunciou a sonegação de informação por parte do preposto da contratada sobre o acidente com funcionário da empresa Valmar no fim de março. Foi cobrada uma investigação rigorosa dos procedimentos descumpridos e a proteção ao trabalhador e à equipe, que vêm sendo vítimas de coações por parte deste chefete. 

Além disso, houve intenso debate sobre a visão da gestão da empresa em classificar o ocorrido como incidente, a necessidade de realização de alerta preliminar de SMS e fortalecimento da cultura de excelência em segurança.

No caso do acidente no Maranhão em 02/03, o Sindicato também argumentou contrariamente à classificação do acidente como “não apropriável” por ter ocorrido em área de responsabilidade da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), inclusive o fato do empregado ter comparecido ao trabalho dois dias para “atividades administrativas” mesmo tendo sofrido uma lesão com necessidade de 6 pontos de sutura.

Em ambas as situações, o Sindipetro PA/AM/MA/AP além do debate com a gerência regional, irá discutir nos grupos de trabalho (GTs) criados pela Petrobras – com participação da Transpetro – a revisão de padrões que permitam dubiedades que possam ser usadas como escudo para a subnotificação de acidentes de trabalho. Também será cobrado corporativamente no GT de Terceirização uma nova modelagem de contrato que imponha um novo piso salarial e garantias aos trabalhadores(as) terceirizados(as) no Sistema Petrobras.

O Sindicato também solicitou melhoria no espaço da sala da Operação do terminal de São Luís – que passou por adequações recentes, mas ainda precisa de adaptações para melhoria das condições para ficar mais próxima do padrão implantado no terminal de Belém.

  • Recomposição do efetivo: o Sindicato discutiu a necessidade de recomposição das equipes de operação, manutenção, laboratório e do administrativo após as saídas de empregados com os últimos PDVs e a ampliação das atividades dos terminais.

O gerente geral confirmou que a nova gestão está solicitando informações com esta finalidade. Porém, no conceito das gerências locais o foco da recomposição está na Operação. Segundo o GG, sua visão é de que seriam 4 operadores por turno em Belém e 5 mais os feristas em São Luís.  O Sindipetro PA/AM/MA/AP reforçou que é fundamental avançar na primeirização de todas as atividades previstas no Plano de Cargos da empresa. Para tanto, o Sindicato se comprometeu a enviar uma proposta de efetivo, que será debatido amplamente com a categoria em reuniões setoriais a serem realizadas no próximo período.

  • Relações sindicais: delimitando a postura de independência frente ao governo e a direção da empresa, os representantes sindicais salientaram a necessidade de que, derrotado o período do governo da ultradireita no país, que esta nova gestão se comprometa com o diálogo democrático com os(as) trabalhadores(as). Porém, o Sindicato deixou claro que a aposta em construir soluções em mesa de negociação demanda por parte da direção da empresa o atendimento às necessidades da categoria, e não mera formalidade de escuta.
  • Novas operações: o gerente geral confirmou que a atual gestão da Transpetro está focada na ampliação dos negócios no mercado, além do atendimento das operações da Petrobras. O Sindipetro PA/AM/MA/AP cobrou que esta ampliação de atividades seja sempre acompanhada das devidas medidas de segurança operacional, garantia do efetivo necessário e transparência de informações.

Na avaliação do Sindicato, a reunião serviu como um primeiro momento na construção de uma relação que possa ser pautada no respeito à categoria e sua representação. É necessário, porém, que a categoria se mantenha alerta, unida e mobilizada para exigir condições de trabalho dignas para empregados próprios e terceirizados. Juntos somos mais fortes!

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