“Um gerente deu um tapa na minha bunda na frente de várias pessoas, todos homens. Eu fiquei assustada e fui falar com um grupo de mulheres contratadas que conversava perto. (…) Ninguém tinha coragem de denunciar por conta da posição dele”.
“Ele começou a me tratar de uma forma nojenta. (…) Eu ficava meio receosa [de agir desse jeito] porque ele era meu chefe” (…) perguntei como iam deixar aquilo acontecer. Um gerente me respondeu: ‘É o que tem pra hoje.”
“Uma vez, vários operadores estavam na sala de controle com umas fotos de uma mulher, com mesmo tom de pele que o meu e cabelo cacheado. Ela estava nua e de costas e eles discutiam se era eu na foto. Um dos caras me chamou e me perguntou se era eu ou não.”
Estes três relatos repugnantes são parte de uma série de casos e assédio sexual que tem sido denunciado por petroleiras próprias e contratadas no último período, após a repercussão de um caso de demissão de um empregado próprio acusado de assédio sexual, estupro, injúria racial e ameaças no Cenpes (RJ). Apesar das denúncias reiteradas do Sindipetro RJ/FNP, a direção da Petrobras só puniu o agressor após forte repercussão na imprensa.
É preciso que a nova direção da empresa tome medidas urgentes como um plano de ação para combate ao assédio e a violência sexual na Petrobras. As propostas da categoria serão debatidas no 1º Encontro Nacional de Mulheres da FNP, que será realizado entre 5 e 6 de maio, em formato híbrido! Inscrições pelo e-mail [email protected].