Direção bolsonarista da Petrobras enrola para colocar a “faca no pescoço” da categoria com o fim do Acordo atual
A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) informou à direção da Petrobras, por ofício em 21/07, a rejeição da “proposta” enviada pela empresa na mesma data.
Na reunião de “negociação” de 14 de julho a Federação e os sindicatos filiados já haviam denunciado a estratégia da gestão da Companhia de protelar propositalmente as tratativas para jogar a seu favor com a expiração do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) vigente – a partir de 1º de setembro.
Tradicionalmente qualquer proposta da direção da empresa é levada para assembleias, porém, está nítido que a empresa está se utilizando deste método democrático dos sindicatos para protelar as negociações e conseguir condições mais favoráveis para sua intenção de atacar ainda mais os direitos da categoria.
A segunda “proposta” pouco se diferencia da anterior, visto que sequer garante a reposição da inflação, retira ou piora diversas cláusulas do ACT atual e desconsidera a totalidade das pautas aprovadas pelos(as) petroleiros(as) nos Congressos regionais e nacionais.
A FNP exigiu que ainda esta semana a Petrobras apresente uma proposta que respeite os direitos conquistados nas lutas das últimas décadas e que retome cláusulas usurpadas nos últimos Acordos, bem como a garantia do poder de compra da categoria.
Porém, não podemos só contar com a mesa de negociação para garantir um ACT justo. Por isso, nas assembleias votaremos um calendário de lutas (atrasos e paralisações) que, resultarão, caso a direção da empresa continue desrespeitando os(as) trabalhadores(as), numa greve antes do fim da vigência do atual Acordo, portanto em agosto.
Precisamos encher as assembleias e dar um forte recado à gestão bolsonarista à frente da Petrobras de que vamos lutar com toda nossa força para barrar qualquer ataque ao ACT atual e garantir avanços que dignifiquem aqueles que geram a riqueza desta empresa e do Brasil.