NOSSAS VIDAS IMPORTAM: ESTADO DE GREVE EM DEFESA DA SAÚDE E DA VIDA

Categoria referendou pauta por medidas efetivas de prevenção à Covid-19; negociações não avançam

Em assembleias presenciais e virtual realizadas de 16 a 25/03, os(as) petroleiros(as) da Amazônia debateram e aprovaram mais um passo na organização da luta para pressionar a direção das empresas do Sistema a avançarem na proteção da integridade física dos(as) trabalhadores(as).

Também foi discutido o quadro nacional de mobilizações no Sistema Petrobras e a necessidade de unificar a categoria para combater as privatizações e a política de preços dos combustíveis, que está massacrando a classe trabalhadora do país.

Durante o período que ocorriam as assembleias, as gerências regionais estabeleceram algumas tratativas com o Sindipetro, porém sem avanços. Confira os informes:

UN-AM – Ação Civil Pública do sindicato obteve decisão judicial favorável em segunda instância (TRT da 11ª região), prevendo, entre outras medidas: a obrigatoriedade de testes no desembarque, diminuição de efetivo embarcado ao mínimo necessário para manter a produção essencial, disponibilização de máscaras padrão N-95 para todos(as) e implantação de uma comissão de prevenção paritária com a entidade sindical.

No entanto, na primeira reunião após notificação da empresa, ocorrida em 25/03, os representantes da EOR se retiraram da sala virtual antes que fosse discutida sequer metade da pauta trazida pelo Sindicato, alegando incompatibilidade de agenda. Manifestamos nossa indignação com a postura gerencial e exigimos que a partir da próxima reunião seja lavrada ata com as posições trazidas pelos trabalhadores e as respostas da direção da Petrobras.

UTEs Breitener – foram realizadas reuniões com a diretoria, em 11 e 22/03, para discussão da pauta da categoria. No primeiro dos encontros (virtuais) foi acertada a criação de uma comissão com participação do sindicato, administração da empresa e profissional de saúde, a qual ainda não foi estabelecida.

O sindicato cobrou a efetiva redução de efetivo, com manutenção das condições de segurança operacional e apresentação das listas de convocados para o trabalho presencial e seus setores, para conferência da necessidade da continuidade das atividades, o que também não foi cumprido. Os dirigentes sindicais denunciaram que os acordos sobre escalas firmados nas reuniões têm sido negligenciados pelos responsáveis pela tarefa.

Foi exigida, também, a disponibilização de máscaras padrão N-95 e PFF2 para todos(as) e o recolhimento das máscaras de baixa qualidade que estavam sendo oferecidas. A empresa informou que tem disponibilizado máscaras cirúrgicas de tripla proteção desde 2 de março.

Transpetrorespondeu via ofício, em 17/03, com um documento repleto de falsidades.

Sobre efetivo, afirmação genérica de que “é reavaliado de forma constante”, sem mencionar que foram convocados ao trabalho presencial a quase totalidade dos(as) trabalhadores(as) do horário administrativo. Diz ainda que há disponibilização de máscaras PFF2, o que de fato ocorre. No entanto, o uso não está disseminado entre a força de trabalho, o que mostra negligência da gerência. Particularmente entre os terceirizados o quadro é ainda pior, por (ir)responsabilidade das empresas não fornecerem máscaras adequados e os trabalhadores não terem condições de adquirir máscaras de qualidade.

Sobre o trabalho das equipes de SMS e manutenção, o documento se limita a dizer que “estão atuando em regime de trabalho compatível com a necessidade de atendimento às demandas indispensáveis”.

Porém os trabalhadores denunciaram que todos foram convocados para o trabalho presencial permanente – no pior momento da pandemia. A reivindicação do sindicato é pela convocação apenas para atividades essenciais, garantindo a segurança operacional.

É preciso, ainda, acompanhamento dos empregados que foram infectados pela Covid e muitas vezes carregam sequelas físicas e emocionais dos impactos pessoais e familiares da doença.


Conforme descrito acima, as direções regionais das empresas do Sistema Petrobras têm negligenciado medidas necessárias e proporcionais ao enfrentamento da pandemia, que assola descontroladamente nosso país. Os cúmplices do genocídio Bolsonaristas querem cumprir suas metas por cima da dignidade da categoria.

O Sindipetro chama todos(as) a se manterem atentos aos próximos direcionamentos, e prontos para a necessária mobilização contra o descaso da Petrobras com os(as) trabalhadores(as)!

LEIA O BOLETIM PETROLEIROS DA AMAZÔNIA 03/2021 CLICANDO AQUI

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