Na última sexta-feira (26 de junho) a categoria recebeu com indignação a divulgação do “teaser de E&P na Bacia de Solimões”. O documento escancara a tentativa de liquidação completa das atividades da Petrobras na Amazônia, após a privatização da TAG (gasoduto Urucu-Manaus), do anúncio da venda Reman e das termelétricas de Manaus (AM).
A importância da Província de Urucu é inestimável para a região, tanto na produção de óleo e gás com geração de emprego e renda para centenas de trabalhadores diretos e milhares de contratados e indiretos, quanto em aspectos como segurança operacional, responsabilidade social e ambiental, atuando num ecossistema tão importante em nível nacional e global.
O governo entreguista de Bolsonaro/Mourão, com seu fantoche Castello Branco à frente da Petrobras, tem como objetivo destruir todo o patrimônio público construído pela classe trabalhadora deste país. Assim como no caso do Banco do Brasil, a tônica deles é: “tem que vender essa porra logo” – como disse Paulo Guedes na reunião ministerial de abril.
No entanto, “no meio do caminho tinha uma pedra”. Esta pedra somos nós os petroleiros e petroleiras, com o apoio de todos os setores da sociedade que conosco vão encampar a forte resistência contra a privatização que vamos organizar no próximo período.
Para isso, a categoria e a direção do Sindipetro PA/AM/MA/AP, com apoio da FNP e da CSP-Conlutas, vão atuar em diversas frentes simultâneas. Por dentro da Petrobras, será necessário muita unidade e organização para resistirmos aos assédios e falsas promessas que tentarão enfraquecer a nossa moral e nos fazer duvidar de nossa capacidade de luta.
Já em âmbito público, vamos atuar em três vertentes: articulação política com entidades, movimentos sociais, parlamentares, prefeitos, etc. que defendam a continuidade da Companhia em Urucu; juridicamente, por meio de Ação Civil Pública questionando a legalidade da medida; na comunicação, investindo recursos numa forte campanha nas mais diversas mídias para dialogar com a sociedade sobre o crime de lesa-pátria que significaria esta privatização.
Nossas primeiras ações serão iniciadas já nos próximos dias, com uma reunião virtual (convite abaixo) com os(as) trabalhadores(as) e uma atividade – com todas as medidas de prevenção sanitária – no embarque desta semana no aeroporto de Manaus (AM).
A direção deste sindicato reforça a convocação para que todos(as) estejamos mais unidos que nunca para travar essa guerra contra os privatistas. Contamos com cada petroleiro(a) para enfrentarmos juntos batalha por batalha. É preciso lutar, é possível vencer!
Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Petróleo no Pará, Amazonas, Maranhão e Amapá 28 de junho de 2020