FNP e sindicatos solicitam monitoramento de leitos de UTI e atualizações constantes
Diante das mais de 13 mil mortes por Covid-19 no Brasil e do colapso do sistema de saúde de vários estados em que há bases da Petrobras, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) solicitou, em reunião no dia 06/5, que a AMS (Assistência Multidisciplinar de Saúde) realize monitoramento dos leitos de UTI. Ainda na ocasião, a FNP pede sejam feitas atualizações constantes à federação e aos sindicatos afiliados.
Os números de contaminados e óbitos crescem em todo o Brasil. E, sem um isolamento social sério, segundo projeções de especialistas, o índice de mortes vai dobrar em 20 dias. Nos estados do Amazonas, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, os sistemas de saúde estão saturados ou já colapsados. Atualmente, o Ministério da Saúde contabiliza cerca de 188 mil casos oficialmente, fora a subnotificação, uma vez que o Brasil é um dos países que menos realiza testes.
Além disso, a área de SMS tem de atuar de forma preventiva, atualizando os planos de emergência das unidades da Petrobras no caso de ocorrência de acidente grave para que haja atendimento aos feridos. E mais: Sindipetros e Cipas devem ser informados imediatamente. O tema também deve ser debatido nos DDSMS (Diálogo Diário de Segurança, Meio Ambiente e Saúde) de modo a manter os trabalhadores inteirados sobre protocolos para minimizar os impactos da pandemia.
As ações devem considerar as características dos regimes de confinamento. Com as dificuldades logísticas, fica clara a necessidade de que seja realizado o monitoramento dos leitos e atualização dos planos de resposta, conforme NR 37.30.2, contemplando os procedimentos de resposta à emergência de cada cenário, incluindo emergências médicas, e o acionamento de recursos e estruturas das autoridades públicas.
Com informações da FNP.
Solidariedade de classe para enfrentar a pandemia
Desde o início da crise do coronavírus, o Sindipetro e a CSP-Conlutas, junto a diversos outros movimentos, têm denunciado que o auxílio emergencial é insufi ciente para as necessidades de sobrevivência do povo. O valor precisa ser maior e a liberação menos burocrática, pois milhões têm enfrentado entraves para o acesso ao benefício.
Ao mesmo tempo, não podemos assistir nossa classe ser empurrada a ter que escolher entre morrer de fome ou de coronavírus, portanto são necessárias ações emergenciais de solidariedade para atender as famílias da periferia, imigrantes refugiados e comunidades tradicionais.
Neste sentido, o sindicato realizou a compra de alimentos e materiais de higiene que foram doados ao Movimento Luta Popular em Belém (PA) e Manaus (AM). As cestas foram entregues às famílias durante o mês de maio. Em São Luís (MA), a entidade auxiliou na aquisição de insumos para criação de uma horta comunitária no território indígena do povo Tremembé.