O resultado da negligência da direção da empresa em tomar as medidas apontadas há semanas pelos sindicatos petroleiros tem levado a uma situação dramática nos últimos dias. Os fantoches de Bolsonaro que comandam a companhia seguiram sua mesma linha genocida de menosprezar o perigo da pandemia. Como resultado, centenas de casos confirmados entre os/as empregados/as.
Nas bases do Sindipetro PA/AM/MA/AP infelizmente já temos um óbito confirmado, um companheiro internado em UTI com necessidade de ventilação mecânica (“entubado”), além de outros quatro casos com teste positivo e muitos aguardando resultado de testes.
A direção da entidade tem participado das reuniões nacionais com a Estrutura Organizacional de Resposta (EOR) e também de reuniões locais com gestores, a exemplo da direção da UN-AM e das Termelétricas Jaraqui e Tambaqui. Em todas elas, têm sido encaminhadas as denúncias da categoria em relação a diversos episódios, conforme resumo a seguir.
Termelétricas
O Sindipetro cobra:
• Afastamento para quarentena de qualquer trabalhador sintomático, o que não tem sido feito;
• Medição de febre devem ser realizadas por profissionais de saúde e não equipe de segurança patrimonial;
• Fornecimento de EPIs (máscaras, luvas, etc.) a todos;
• Que equipe de saúde das usinas sigam as orientações da OMS e não o interesse econômico de manter a produção a qualquer custo;
• Que todos os gestores sigam as orientações de prevenção. Alguns destes têm desafiado abertamente as medidas frente à força de trabalho, expondo os demais à contaminação;
Urucu
No caso da Província, foi necessário que o sindicato tenha denunciado há semanas os problemas para que alguns deles tenham sido resolvidos parcialmente, enquanto seguem outros pendentes, sobre as seguintes questões:
• Não desembarque imediato de sintomáticos desde o início da pandemia;
• Falta de testes no embarque e desembarque;
• Falta de informação ao sindicato sobre o número de casos suspeitos e confirmados;
• Convocação para embarque de trabalhadores que residem em outros estados;
• Diminuição do tempo da folga;
• Não pagamento como embarque do confinamento de 7 dias em hotel;
• Desimplantes com redução salarial;
• Embarque de pessoas de grupo de risco;
• Atividades não essenciais sendo realizadas;
• Criação de um confinamento improvisado apelidado de “Covidário”, para suspeitos de infecção;
• Disponibilização inicial de hotel de baixíssima qualidade em Manaus, sem qualquer assistência inicial da direção da empresa, para receber os que desembarcaram após apresentarem sintomas e ficaram em isolamento;
• Gerente Geral se escondendo num momento crítico como este e se negando a participar de reuniões com o sindicato;
• EOR local passando informações falsas para EOR nacional, simulando que a situação está sob controle;
Cobranças externas
Visto que as cobranças administrativas não têm surtido efeito, e com o propósito de defender a saúde e a vida da categoria, o Sindipetro formalizará denúncias a órgãos fiscalizadores e da Justiça relatando o quadro de descalabro nas unidades da Petrobras no Amazonas.
Chamamos a categoria a seguir informando ao sindicato sobre situações inseguras que têm ocorrido nas unidades. Sigamos unidos e organizados para se, necessário, decidirmos juntos quaisquer outras iniciativas para garantir nossa integridade física frente à pandemia.