PETROBRAS NA PANDEMIA:CONTAMINAÇÕES, RETIRADA DE DIREITOS E DEMISSÕES

Alinhada ao governo Bolsonaro, a gestão Castello Branco na Petrobras segue irresponsavelmente submetendo a categoria à contaminação do coronavírus, atropelando o ACT e, mesmo neste momento de comoção, executando demissões arbitrárias e ilegais de grevistas do movimento de fevereiro.

Gestão criminosa e autoritária segue impondo à força medidas que não atendem necessidades da categoria (Fonte: FNP).

Nesta quinta-feira chegaram a oito os casos confirmados de Covid-19 na Petrobras (informados pelo ofício 73/2020). Portanto, o anúncio da diminuição de somente 100 mil bpd da produção de óleo ante os 2,7 milhões diários de media em fevereiro (sendo 690 mil para exportação) mostra que a decisão da direção da empresa é sacrificar a saúde e a vida dos/ as petroleiros/as para manter o lucro para os acionistas.

É preciso diminuir já a produção apenas para o essencial às necessidades do povo, diminuindo a circulação de pessoas nas instalações e contendo a disseminação do vírus!

Sobre as medidas de prevenção, é um absurdo que não sejam feitos os testes rápidos em todos que adentram suas unidades para trabalhar enquanto a Petrobras doa (corretamente) 600 mil testes rápidos ao país.

Se para adotar medidas necessárias de saúde reina o desleixo, a direção da empresa foi rápida ao utilizar os pressupostos da Medida Provisória (MP) 927, anunciando o adiamento do pagamento de horas-extras e do adicional de férias, do avanço de nível e promoção, além da redução do sobreaviso parcial em 50%, entre outros ataques. Não aceitamos este atropelo ao Acordo Coletivo de Trabalho sem qualquer negociação com os sindicatos!

Enquanto isso, segue vigente a proposta enviada pela “alta administração” aos acionistas triplicar o teto para pagamento de bônus à diretoria, conforme denunciou reportagem da Folha de S. Paulo em 23/03.

Na mesma esteira de absurdos, foram realizadas na última semana demissões por justa causa e punições em diversas unidades sem sequer o direito de defesa. As razões esdrúxulas alegadas (supostos “abusos”) não escondem que se tratam de retaliações covardes aos que participaram da greve de fevereiro.

Em relação às unidades da base territorial do Sindipetro PA/AM/MA/AP, seguimos insistindo para que seja priorizada a convocação dos/as trabalhadores/as de Urucu (AM) que moram no Estado, de modo a evitar o deslocamento por aeroportos dos que residem em outros locais. Também exigimos que seja garantido o isolamento de todos/as que pertencem aos grupos de risco.

Outro ponto que reivindicamos é o pagamento para quem está os 7 dias em isolamento no hotel como se os/as trabalhadores estivessem embarcados, visto que ficaram confinados 24h diárias. Caso haja a mudança para quarentena em casa, é necessário que sejam feitos os testes rápidos. Nas reuniões nacionais que participamos junto à Petrobras nos últimos dias, também denunciamos os absurdos que vinham ocorrendo no terminal de Belém (PA), o que fez com que fossem adotadas algumas medidas mais urgentes. Mesmo assim ainda constatamos que há casos de trabalhadores administrativos frequentando a unidade, enquanto a Transpetro já disponibilizou solução de teletrabalho.

O Sindipetro reforça que mais do que nunca é necessário estamos unidos e organizados para reivindicarmos o direito básico à saúde, à vida e ao cumprimento do ACT.

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