Na China, a epidemia estava no ápice. Na Itália, idosos morrendo. E no Brasil, relatórios de inteligência já apontavam a seriedade da situação, mas Bolsonaro e Guedes preferiram não fazer nada. Apostaram com a vida do brasileiro. E essa irresponsabilidade vai custar muito caro: todos os dias, vamos ver os casos, as mortes e o sofrimento das famílias aumentarem.
O Brasil não apenas demorou a agir, mas o presidente do país, maior autoridade, fez piada, disse que era histeria e deixou seus filhos criarem uma crise diplomática com a China, maior parceiro comercial do Brasil. As imagens do caos na Itália causam arrepios no brasileiro. Idosos sem conseguir respirar, profissionais sobrecarregados, pessoas morrendo. Não é brincadeira, Bolsonaro!
Para dar fim à crise epidemiológica, é preciso isolamento. E a população precisa ficar em casa, evitando contato social. Essa é a recomendação em todo o mundo. E todos os países vão ter que encontrar soluções criativas para lidar com a recessão que vai assolar a economia global. Estimativas no Brasil falam em redução de 4% a 6% do PIB até o final do ano. Mas, ao invés de discutir e propor soluções, Paulo Guedes aproveita a crise para implantar uma política ultraliberal covarde.
A Medida Provisória 927/2020, publicada neste domingo (22/03), escancara que o governo quer jogar o custo da crise nas costas da classe trabalhadora. O governo autorizou que os salários dos trabalhadores sejam suspensos por até quatro meses. Mas, diante do absurdo e da reação da sociedade, voltou atrás. Quatro meses sem nenhum centavo no bolso. Quem aguenta? Famílias inteiras não teriam o que comer, não poderiam comprar remédios, não conseguiriam se locomover. Isso só mostra que o governo quer a morte. E, nesse ritmo, se sobreviverem ao coronavírus, os trabalhadores não sobreviverão à crise econômica.
As reformas de Guedes não ativariam a economia, isso já sabíamos. As reformas de Guedes apenas cortam nossos direitos. Mas, em meio à crise do Covid-19, as medidas de austeridade vão afundar o Brasil por anos. A mão invisível do Estado, tão propagada por Guedes e Bolsonaro, não dá conta da situação que vivemos. O SUS é quem atende a população. A iniciativa privada espera as soluções do Estado. E o governo brasileiro, na mão de Bolsonaro, não é capaz.
Em defesa da nossas vidas: fora Bolsonaro!
