Segundo diretor da FNP e do Sindipetro-LP, Adaedson Costa, durante a reunião desta quinta, 27, houve uma tentativa de conciliação por parte do ministro do TST, mas os representantes da Petrobrás continuam intransigentes. “Eles mantêm a postura de que podem fazer quaisquer alterações sem conversar com os sindicatos”, afirmou.
No entanto, a Petrobrás se comprometeu em chamar os sindicatos, num prazo de 30 dias, para uma reunião em que pretendem debater os pontos de reivindicação.
Mesmo com a tentativa das entidades de negociar os dias de greve, tanto Petrobrás quanto ministro mantiveram a decisão de que os descontos dos dias parados seguem com todos os reflexos, inclusive em férias.
Os trabalhadores terão metade dos dias descontados e a outra metade compensada com o banco de horas. A empresa irá devolver os valores a mais descontados, pagos em folha suplementar no dia 6 de março.
Sobre as denúncias de assédios, relatos de punições, ameaças e advertências aos trabalhadores que fizeram greve, o ministro Ives Gandra reiterou que a empresa deve dar resposta aos casos que forem comprovados e os sindicatos deverão peticionar as denúncias ao próprio TST.
Durante a reunião com o TST, a FNP protocolou um ofício em que relata todos os casos de descumprimento do acordo coletivo apresentados até agora (acesse a íntegra do ofício no site do Sindipetro).
Fafen Paraná
A FNP cedeu seu espaço na mesa para que diretores do Sindiquímica Paraná, representantes dos trabalhadores da Ansa/Fafen PR, negociassem com a empresa melhores condições ou até mesmo uma possível absorção desses trabalhadores para outras unidades do Sistema Petrobrás. Sobre esse assunto, a FUP deverá se pronunciar em breve.
Força e mobilização!
A FNP e seus sindicatos seguem mobilizando as bases, tratando diretamente os descumprimentos de ACT e assédio, agindo política e juridicamente para que a direção da empresa cumpra seu compromisso com a categoria petroleira.
A greve mostrou a força dos/as petroleiros/as para se contrapor aos desmandos da gestão Bolsonaro/Castello Branco, com forte adesão em mais de 120 unidades da empresa. Também conseguimos furar o bloqueio midiático, envolvendo a sociedade no debate necessário sobre o papel que cabe a Petrobrás no desenvolvimento do país.
Se ainda não conseguimos atingir todos os objetivos da pauta, foi por falta de um maior envolvimento de setores da categoria que se acovardaram frente à pressão das chefias e/ou que ainda estão iludidos com eventuais soluções individuais para os problemas que são coletivos.
A direção deste sindicato parabeniza todos/as os lutadores da já histórica greve de 2020 e aponta para a necessidade de mantermos a unidade e mobilização para os próximos embates. As próximas etapas desta luta virão em breve, pois os que querem entregar a Petrobras e deixar o país de joelhos, destruindo os empregos e direitos da categoria, não descansam um só dia em seus objetivos.
Seguiremos ainda em campanha contra a política de preços dos combustíveis em paridade com o mercado internacional, por uma Petrobrás votada aos interesses da classe trabalhadora do país!
Com informações da FNP