Que o governo Bolsonaro inventa dados e mente descaradamente, isso todo mundo já sabe. A novidade é como ministros e o próprio presidente ofendem descaradamente a população. Xingamentos da campanha, mentiras a e violência verbal tornaram-se política pública. A últimas veio do ministro Paulo Guedes (Economia). Para ele, o servidor público não passa de um parasita. Um ministro, chamando um servidor público de parasita.
A declaração foi dada no último dia 7/2 durante evento da FGV, no Rio de Janeiro (RJ). Para uma plateia de economistas, Guedes começou com uma mentira que ninguém acredita: “O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação”. Sabemos que o funcionalismo, dos municípios, estados e União, na real, estão tendo os salários diminuídos pelas perdas da inflação.
Mas o ministro continuou atacando o direito à estabilidade do servidor e afirmando que há “aposentadoria generosa”. Sabemos que o direito à estabilidade é uma forma de garantir qualidade aos serviços públicos básicos. E que pouquíssimos servidores têm privilégios em suas aposentadorias, como é o caso das pensões vitalícias para militares. Mas a grande maioria dos servidores hoje são alvo de ataques para justificar a redução salarial.
Por fim, Guedes chamou o servidor de parasita. “O hospedeiro está morrendo, o cara (servidor) virou um parasita. O dinheiro não chega no povo e ele quer reajuste automático”, disse. O governo vende estatais, corta direitos da população, é incapaz de criar um pacto de governo, briga com governadores ao redor do Brasil, mas tem a cara de pau de colocar a culpa no funcionalismo.
A estratégia do governo é jogar a população contra o servidor público, escondendo erros e incompetências de Bolsonaro. Não vai funcionar! Quem vai todos os dias aos postos de saúde e matrícula em escolas e universidades públicas, sabe que as dificuldades são muitas, mas os serviços públicos são essenciais. Não adianta pedir desculpas, Paulo Guedes. Tu que és parasita!
