É PRECISO PARAR BOLSONARO

O governo Bolsonaro já encomendou à Secretaria de Comunicação da Presidência da República: quer uma campanha publicitária para promover a reforma administrativa. A ser enviada ao Congresso ainda neste mês de fevereiro, a reforma é composta por três Propostas de Emenda à Constituição. O discurso é de corte de privilégios dos servidores públicos para garantir crescimento econômico, mas na prática vai se destruir o atendimento em hospitais, escolas e outros órgãos públicos para atender aos grandes empresários que apoiam esse governo.

Tanto é assim, que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), alinhado ao governo, participou de um evento com investidores internacionais em São Paulo (SP) no último dia 30. Na ocasião, falou o que o segmento queria ouvir: a PEC Emergencial, que compõe a reforma administrativa, poderá ter rito de votação encurtado na Câmara, tendo seu texto promulgado imediatamente após a votação dos deputados.

Não à toa. A reforma é uma demanda de banqueiros, proprietários, investidores, fazendeiros, especuladores, mas não da população brasileira. O projeto é considerado um complemento à reforma da previdência, que retirou direitos. Mas o ataque continua. Agora são propostos mais absurdos: vedação das aposentadorias como forma de, pasmem, punir o servidor público. Imagina o trabalhador que atuou a vida inteira e aguarda seu merecido descanso. É desumano!

Bolsonaro e Guedes não param. O pacote ainda inclui o corte das progressões e promoções baseadas no tempo de serviço. E, por fim, querem reduzir o salário dos servidores do Executivo em 25%. Num tapa, o governo humilha a todo brasileiro. E o pacote, de tamanha violência, vai chegar à União, estados e municípios. Isso é precarização da vida do servidor, mas, principalmente, é o fechamento de hospitais, escolas e sistemas de abastecimento de água, tão necessários à população.

Bolsonaro vai tentar dizer que o servidor público é um privilegiado. Com anúncios de TV, vai tentar jogar a população contra o servidor. Na prática, ataca toda a população. Ele quer encerrar os serviços que todos usam, sejam ricos ou pobres. Sabemos, porém, que quem vai mais sofrer é a classe trabalhadora. Não é mais possível pensar que Bolsonaro vai fazer um governo minimamente correto. Não podemos mais ignorar. Não dá mais para esperar. É preciso parar Bolsonaro. 

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