A direção executiva da FNP, reunida na quarta-feira, 30, na sede do Sindipetro-SJC, submeterá a proposta do TST às assembleias após a inclusão do Sindipetro-RJ na proposta de mediação após ser solicitado pela federação.
Durante a campanha reivindicatória, os/as petroleiros/as definiram que nossa luta é por nenhum direito a menos. Veja no fim da matéria um resumo sobre todas as perdas colocadas pela Petrobras e TST.
Nesse contexto, é inaceitável que a FUP tenha assinado embaixo deste grave ataque, que divide a categoria, retira direitos e ainda entrega de bandeja os trabalhadores das unidades que estão em processo de privatização e desmobilização.
Em todo o país foi grande a revolta com o desmonte da greve. O movimento poderia atingir nossos anseios de manutenção do ACT atual, além de pautar a sociedade com a denúncia da venda das refinarias, o abusivo preço dos combustíveis, a entrega do Pré- -sal, a saída da Petrobras do Norte e do Nordeste e etc.
Mesmo após o desmonte da greve nacional unificada, trabalhadores demonstraram sua disposição de luta. Petroleiros da FNP das refinarias Revap e da RPBC, em São Paulo, cortaram rendição no sábado0 (26) e atrasaram a entrada de turno em duas horas na segunda-feira (28). Mesmo na base da FUP houve paralisação também dos trabalhadores da Regap, em Minas Gerais.
Nossas assembleias serão um momento de reflexão sobre a necessidade de garantirmos nenhum direito a menos como forma inclusive de resistir ao processo de privatização, dificultando a vida dos compradores dos ativos à venda.
Os indicativos da FNP para as assembleias são: 1) Rejeição da proposta do TST; 2) Greve a partir de 12 de novembro.
A Petrobrás acabou de anunciar mais um recorde de lucros. Não há motivo para os petroleiros aceitarem corte de direitos. Pelo contrário, o momento é de erguer a cabeça, reorganizar nossas forças e compreender que a FNP hoje é a maior parte da produção do Pré-sal, tem duas refinarias importantes e pode impactar o país.
*Com informações da FNP
ENTENDA AS PERDAS DO TEXTO DO TST/PETROBRAS/FUP
– Reajuste salarial, do Vale Alimentação/Vale Refeição e benefícios educacionais abaixo da inflação (70% INPC – 2,29% contra 3,59% do IPCA);
– Fim do adiantamento do décimo terceiro salário; -Diminuição da porcentagem do valor da hora extra;
– Fim do auxílio Amazonas para quem não o recebe;
– Fim do programa Jovem Universitário para ingresso de novos inscritos;
– Aumento do índice de reajuste da AMS com a inclusão de um teto de 30% do custeio na última proposta;
– Diminuição de benefícios da gratificação de férias (2/3 passa a entrar como abono sem contar para o FGTS, INSS e Petros);
– Fim da contratação de prestação de serviços com fundo garantidor que auxilia sindicatos a não permitirem penalização de terceirizados por falência de empresas.