Toneladas de óleo mancham a costa nordestina brasileira em uma das maiores tragédias socioambientais do ano. A solução óbvia seria a intervenção do governo federal. Mas Bolsonaro fez o que ninguém faria: abandonou o povo no meio da crise, causando impactos ao meio ambiente, ao turismo e ao povo nordestino.
Desde o início de setembro, 525 toneladas de óleo foram retiradas, segundo dados da Marinha do Brasil. Trata-se de um vazamento de grandes proporções, mas Bolsonaro insistiu em fantasias do combustível vindo da Venezuela. Com isso, adiou a resolução de um problema sério, colocando em risco a vida marinha e a saúde da população.
Sem recursos federais, o povo partiu para a ação: grupos de moradores percorrem as praias recolhendo óleo, limpando o patrimônio natural e mostrando o quanto a mobilização e a autogestão comunitária podem, também, resolver o abandono do estado brasileiro.
Bolsonaro mostra mais uma face oculta durante as eleições: o revanchismo. Derrotado em todos os estados do Nordeste, o presidente agora ataca quem se recusou a aderir a ideias autoritárias. Ele segue alimentando ódio. E, ao contrário do que prometeu, coloca ainda mais peso sobre a população pobre.
Apesar de desconhecida a origem do vazamento, Bolsonaro tem as mãos sujas de óleo. É preciso dizer de onde vem o combustível, mas, desde já, o episódio demonstra a forma como o atual presidente conduz o mandato. Abandona o povo nas horas emergenciais; vira as costas para as pessoas, meio ambiente e turismo. Ele merece afundar no óleo que contamina a costa brasileira.
Nesse processo, a Petrobras foi fundamental. Mesmo com mais de 50 empresas de petróleo atuando no Brasil, apenas a estatal participou: foram recolhidas mais de 200 toneladas de óleo. Vale a lição: quando a situação fica séria, as empresas privadas mostram que estão interessadas exclusivamente no lucro. E a Petrobras demonstra que ser uma empresa pública é estar vinculada aos interesses da população!