Em reunião da executiva da FNP, nesta quarta-feira (02), dirigentes definiram pela realização de assembleias, a partir do dia 4, para que os trabalhadores do Sistema Petrobrás avaliem a proposta de Acordo Coletivo apresentada pela Vice-Presidência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) no dia 19 de setembro.
As assembleias serão realizadas até o dia 15 de outubro, com indicativo de rejeição.
Na última segunda-feira (30), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou despacho no qual responde os documentos enviados pelas federações de petroleiros, nos quais solicitam a continuidade das negociações via mediação.
Infelizmente, na resposta o vice-ministro do TST, Renato de Lacerda Paiva, rejeita o pedido das federações e reitera o conteúdo da proposta formalizada aos sindicatos, solicitando que as entidades esclareçam se serão feitas assembleias para aprecia-la.
Em vídeo, dirigentes da FNP fazem um comunicado à categoria.
É importante ressaltar que esta proposta, considerada pelo tribunal um grande esforço, continua sendo uma afronta à categoria petroleira e um ataque direto aos ativos, aposentados e pensionistas.
Assim, a Petrobrás segue tentando pavimentar o caminho para a privatização de suas unidades, propondo rebaixamento de salários ao apresentar aumento abaixo da inflação do período de 01/09/2018 a 31/08/2019 (70% do INPC, que hoje está em 2,55%).
Além de reajuste rebaixando os salários e tabelas, a proposta para o pessoal da ativa é de criar banco de horas, extinguindo praticamente as horas extras, fim do adiantamento do 13° no início do ano.
Por fim, cabe ressaltar a tentativa de dificultar o trabalho do movimento sindical, ao seguir a proposta de impor às entidades o custo integral dos dirigentes liberados, e também ao se recusar a inserir no ACT cláusula que garanta o desconto da contribuição sindical dos associados no contracheque, entre outros ataques que serão devidamente detalhados nas mídias do sindicato e no dia assembleia.
Vale lembrar ainda que, antes da negociação ser mediada pelo TST, durante as assembleias, a empresa abusou na prática de assédio, com retirada de funções gratificadas e cargos de confiança.
Por fim, fique atento aos nossos meios de comunicação e participe das assembleias. Cabe, agora, petroleiro e petroleira, se pronunciar e rejeitar a proposta, mostrando que não abrimos mão dos nossos direitos.
Fonte: FNP