Em reunião de mediação unilateral, realizada no dia 10 de setembro no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília (DF), a direção da Petrobras não apresentou contraproposta para o ACT 2019, mantendo a postura de enrolação e desrespeito.
Mesmo com a mediação organizada pelo Tribunal Superior do Trabalho, empresa tenta dissimular a negociação (Foto: FNP).
A reunião é parte do calendário de reuniões de mediação do ACT, organizada pelo TST, entre as federações petroleiras (FNP e FUP) e a direção da Petrobras. Na ocasião, as organizações deixaram clara a posição dos petroleiros: discutir o acordo a partir do ACT em vigor e não a partir da terceira contraproposta apresentada pela Petrobras, já rejeitada pela categoria.
“Estamos aqui para discutir a partir do nosso acordo coletivo, que tem conquistas históricas para a classe trabalhadora”, declarou José Maria Rangel, dirigente da FUP, após a reunião. “Diferentemente da Petrobras, que quer começar a discussão pela terceira contraproposta da empresa, o que rebaixa e muito os direitos da nossa categoria.”
Uma nova reunião de mediação está marcada para o dia 19 de setembro, novamente no TST, em Brasília (DF). Mas é preciso estar alerta. A Petrobras reforça cada vez mais sua indisposição para negociar um acordo minimamente justo. E a mediação da Justiça não é garantia de renovação do atual acordo com reajustes dignos.
Na avaliação do secretário geral da FNP, Adaedson Costa, a “Petrobras continua intransigente na posição dela”. A estratégia da companhia, segundo o dirigente, é “usar o TST simplesmente para manter a proposta rebaixada” proposta aos trabalhadores.
“A categoria petroleira tem que estar atenta. Nós temos que avançar. Não só no acordo coletivo, mas também na manutenção dos nossos direitos”, completou Adaedson, se referindo à próxima reunião junto ao TST, em Brasília.
Fonte: FNP
