Assim como nós, um petroleiro. Como muitos de nós, um trabalhador, filho de pai petroleiro, que se levantou contra a injustiça e a exploração contra nossa classe em seu próprio país. Mais um rapaz latino-americano que tem sua liberdade tolhida e negada pela repressão do Estado.
O petroleiro argentino e dirigente do movimento piqueteiro nos anos 90, Daniel Ruiz tem sido mantido como preso político em Buenos Aires, capital da Argentina, desde o dia 12 de setembro de 2018, a mais de 2.000 km de sua terra de origem, capital da província do sul, em Chubut.
O petroleiro havia tomado parte de uma grande manifestação, no ano anterior, contra a reforma da previdência do governo de Mauricio Macri, que terminou num duro enfrentamento contra as forças policiais que protegiam o prédio do Congresso na capital argentina.
Desde então, tem estado encarcerado “preventivamente”, sem data de julgamento e sem consideração aos recursos apresentados por sua defesa.
Ao se completarem os doze meses de cadeia, Daniel Ruiz anunciou que inicia uma greve de fome para que o judiciário reúna-se para analisar o caso.
A CSP-Conlutas tem apoiado a campanha internacional para denunciar a absurda situação de Daniel e realizará atos em diversos estados, em frente a representações diplomáticas da República Argentina.
No país vizinho, será realizado um ato hoje por sua libertação imediata. A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), por decisão de seu Congresso, enviou uma delegação que participará da atividade pela libertação. E no próximo sábado (14), os coordenadores gerais da entidade visitarão Daniel Ruiz na Penitenciária Marcos Paz, em Buenos Aires.
Seguiremos apoiando a luta pela libertação dos presos políticos do mundo inteiro. Viva a solidariedade internacional da classe trabalhadora! Lutar não é crime! 12 de setembro é dia de exigir liberdade para Daniel Ruiz!