A retirada da supervisão e a comunicação do desimplante (retirada do regime de embarque) de oito trabalhadores do Urucu é mais um capítulo do terrorismo que a gestão da ultradireita na Petrobras tem submetido a categoria.
Esses companheiros foram punidos com a alegação de que não votaram a favor da proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que ataca direitos.
Este é uma afronta a todos/as nós! A intenção dos gestores é mostrar que aqueles que não se submeterem aos ditames da gestão Bolsonaro/Castello Branco estarão sujeitos a represálias.
Por isso a direção do Sindipetro PA/AM/MA/AP comunicou à empresa a decisão de suspender as assembleias que ainda seriam realizadas esta semana até que a Gestão de Pessoas (antigo RH) receba a entidade para tratar das punições [leia no verso].
Os resultados das votações realizadas até o momento, com esmagadora reprovação da proposta, seguem válidos.
Alguns meses atrás, os gestores que eram filiados às entidades sindicais foram coagidos a solicitar o cancelamento de sua sindicalização, atropelando um direito básico de qualquer trabalhador/a, seja ocupante de cargo de “confiança” ou não.
Em 17 de junho, foi divulgado que os empregados serão obrigados a realizar o curso “Prevenção e Combate ao Assédio Moral e Sexual”, lançado pela Comissão de Ética da Empresa. Ora, pelo jeito sequer os gestores fizeram o treinamento, tendo em vista o autoritarismo que temos presenciado diuturnamente na empresa.
O Sindipetro está encaminhando as medidas jurídicas referente ao caso das punições no Urucu. Solicitamos ainda que não sejam assumidos os postos dos companheiros retirados dos cargos, pois neste momento é necessário mostrar unidade e disposição de luta para defender nenhum direito a menos e a liberdade de livre manifestação de opiniões na Petrobras.
Assembleias estão rejeitando a proposta
Em todo o país, a “proposta final da Petrobras” para o ACT tem sido derrotada pela categoria nas bases da FNP.
Nas unidades operacionais, o rechaço à retirada de direitos tem sido amplo, com votações por imensa maioria ou unanimidade.
Mesmo nos edifícios administrativos, os/as petroleiros estão mostrando que não vão se curvar a ameaças e pressão de gerentes.
Na última quinta-feira (15/08) no Edifício Senado – Edisen, na capital do RJ, houve uma assembleia histórica. Foram 3.050 empregados presentes, com 1.770 votos seguindo o indicativo de rejeição contra 1207 (69 nulos e 4 abstenções). A votação foi realizada em urna para garantia da livre expressão.
No dia seguinte, a “alta administração” convocou gerentes para reunião de “alinhamento gerencial”, sinalizando aumento da pressão e do assédio.
Como em outros momentos em nossa história, vamos à luta contra os ataques do governo e da gerentalha.
Leia o ofício enviado à Petrobras