PETROBRAS PUNE NO URUCU: ASSEMBLEIAS SUSPENSAS!

A retirada da supervisão e a comuni­cação do desimplante (retirada do regi­me de embarque) de oito trabalhadores do Urucu é mais um capítulo do terro­rismo que a gestão da ultradireita na Petrobras tem submetido a categoria.

Esses companheiros foram punidos com a alegação de que não votaram a favor da proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que ataca direitos.

Mexeu com um, mexeu com todos! Não à interferência na livre votação da proposta de ACT!

Este é uma afronta a todos/as nós! A intenção dos gestores é mostrar que aqueles que não se submeterem aos ditames da gestão Bolsonaro/Castello Branco estarão sujeitos a represálias.

Por isso a direção do Sindipetro PA/AM/MA/AP comunicou à empresa a decisão de suspender as assembleias que ainda seriam realizadas esta se­mana até que a Gestão de Pessoas (antigo RH) receba a entidade para tratar das punições [leia no verso].

Os resultados das votações realizadas até o momento, com esmagadora repro­vação da proposta, seguem válidos.

Alguns meses atrás, os gestores que eram filiados às entidades sindi­cais foram coagidos a solicitar o can­celamento de sua sindicalização, atro­pelando um direito básico de qualquer trabalhador/a, seja ocupante de cargo de “confiança” ou não.

Em 17 de junho, foi divulgado que os empregados serão obrigados a rea­lizar o curso “Prevenção e Combate ao Assédio Moral e Sexual”, lançado pela Comissão de Ética da Empresa. Ora, pelo jeito sequer os gestores fizeram o treinamento, tendo em vista o au­toritarismo que temos presenciado diuturnamente na empresa.

O Sindipetro está encaminhando as medidas jurídicas referente ao caso das punições no Urucu. Solicitamos ainda que não sejam assumidos os postos dos companheiros retirados dos cargos, pois neste momento é ne­cessário mostrar unidade e disposição de luta para defender nenhum direito a menos e a liberdade de livre mani­festação de opiniões na Petrobras.

Assembleias estão rejeitando a proposta

Em todo o país, a “proposta final da Petrobras” para o ACT tem sido derro­tada pela categoria nas bases da FNP.

Nas unidades operacionais, o re­chaço à retirada de direitos tem sido amplo, com votações por imensa maioria ou unanimidade.

Mesmo nos edifícios administrati­vos, os/as petroleiros estão mostran­do que não vão se curvar a ameaças e pressão de gerentes.

Na última quinta-feira (15/08) no Edifício Senado – Edisen, na capital do RJ, houve uma assembleia histó­rica. Foram 3.050 empregados pre­sentes, com 1.770 votos seguindo o indicativo de rejeição contra 1207 (69 nulos e 4 abstenções). A votação foi realizada em urna para garantia da livre expressão.

No dia seguinte, a “alta administra­ção” convocou gerentes para reunião de “alinhamento gerencial”, sinalizando aumento da pressão e do assédio.

Como em outros momentos em nossa história, vamos à luta contra os ataques do governo e da gerentalha.

Leia o ofício enviado à Petrobras

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