O Sindipetro encaminhou à 1ª Vara do Trabalho de Manaus relatório de perícia judicial realizada na Província do Urucu que constatou presença de benzeno na planta industrial. O sindicato solicita que seja detectado o grau de risco, incluindo a substância nos formulários do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), o que não foi medido pela Petrobras.
Subproduto da cadeia produtiva do petróleo, a exposição ao benzeno deve ser controlada, conforme legislação federal. Em fevereiro, denunciamos às autoridades que os testes de medição não estavam sendo feitos desde junho do ano passado.
Durante a perícia, que avaliou o nível de benzeno para realização de atividades como drenagem dos tanques de petróleo, purga e limpeza de filtro da ETE e ETA, foram constatada s “presença em níveis bastante elevados e com possibilidade de risco à saúde do trabalhador”, relata o documento levado à justiça pelo Sindipetro.
O relatório demonstra que a Petrobras não investiu em capacitação dos profissionais que atuam na higiene ocupacional, o que resulta, dentre outras coisas, em falta de aptidão para manuseio dos aparelhos de medição.
A Petrobras também realizou sua perícia própria. Segundo relatório da empresa, porém, os níveis de benzeno estão normais. Um absurdo que coloca em risco nossa saúde e nossas vidas!
Mas, conforme o acompanhamento do Sindipetro, é óbvia a necessidade de reconhecimento da presença da substância. Esperamos obter decisão favorável para resguardar a integridade física dos trabalhadores.
Assim, com o benzeno incluído nos PPPs, estará garantida a possibilidade de aposentadoria especial, uma vez que os trabalhadores estão expostos aos agentes químicos.