ESTADO POLICIAL: DA TEORIA À PRÁTICA

Para além da retórica autoritária e grotesca do presidente, tanto na forma quanto no conteúdo de suas palavras, avolumam-se os casos de ataques às liberdades democráticas básicas no país.

Manaus (AM), 23 de julho: policiais rodoviários federais invadiram uma reunião no Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas). A entidade organizava protesto na visita de Bolsonaro à cidade, em 25 de julho, para denunciar a falta de políticas ambientais de Bolsonaro para a Amazônia e em defesa da Zona Franca. Os agentes, que portavam metralhadoras e se disseram enviados pelo Exército, passaram a questionar os professores sobre a manifestação.

Terra Indígena Waiãpi (AP), 27 de julho: indígenas relatam invasão de garimpeiros em seu território e o assassinato de seu cacique, Emyra Waiãpi (68 anos), morto a facadas, com perfuração nos olhos e órgão genital decepado.

São José dos Campos (SP), 1º de agosto: Sindicato dos Petroleiros denuncia e divulga vídeos da atuação de agentes sem identificação portando arma de fogo e spray de pimenta para impedir que sindicalistas de empresas contratadas realizassem assembleia com os trabalhadores. A polícia militar também tem tentado intimidar a categoria durante as atividades do Sindipetro, com policiais posicionados na entrada da Revap filmando e circulando entre os/as petroleiros/as.

São Paulo (SP), 3 agosto: durante o 5º Encontro Estadual de Mulheres do PSOL, policiais militares abordaram organizadoras em frente ao local do evento, solicitando documentação e informando que a atividade estaria sendo monitorada.

Muitas outras ações do mesmo tipo têm sido registradas por todo o país, demonstrando que o discurso da ultradireita de “botar um ponto final em todos os ativismos do Brasil”, conforme já disse Bolsonaro, vai passando à prática. É preciso fortalecermos nossa organização para garantir o direito de lutarmos por nossos direitos.

Adicionar a favoritos link permanente.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *