A direção da Petrobras não dá sinais que pretende diminuir o ritmo compressor contra empregos, direitos da categoria e privatizações. A posição ficou clara na última sexta-feira, 26 de julho, no Rio de Janeiro, durante nova reunião de negociações do acordo coletivo, da qual participaram as duas federações dos petroleiros.
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Em nova negociação, Petrobras ignora propostas discutidas nas assembleias da categoria em todo o Brasil (Foto: Sindipetro-RJ)
As proposições dos representantes da empresa foram rejeitadas em uníssono por assembleias pelo Brasil inteiro. “Nos preâmbulos da reunião foram levantadas reclamações e denúncias várias, principalmente a questão das demissões”, avalia o secretário-geral da FNP, Eduardo Henrique, que participou da reunião. “A direção da Petrobras ainda teve o desplante de apresentar um slide com os ‘avanços’ da primeira pra segunda proposta”, completa Eduardo, se referindo à absurdos como a redução do pagamento das horas extras.
Ao fim do encontro, a gerência de Gestão de Pessoas nem mesmo informou se apresentará nova proposta, além de expor visão corporativa de que o tema privatização não será debatido nessa mesa. Não há sequer uma outra reunião agendada.
A saída agora é organizar a categoria para o forte enfrentamento que virá, começando pelo calendário de lutas contra a retirada dos direitos impostos pela direção da companhia. Unidas, as federações propõem uma agenda com atos, mobilizações nas bases, seminários e palestras em todo o Brasil, iniciando já no mês de julho e adentrando agosto. A FNP segue insistindo que é urgente a categoria tomar o protagonismo da negociação e não deixar o calendário do ACT avançar lentamente como é de interesse da gestão Castello Branco/Bolsonaro.
O momento não é de hesitação. É preciso que a categoria compreenda o que está em jogo, entendendo que a mesa de negociação se esgotou. Acompanhe o calendário completo abaixo.