NEGOCIAÇÃO EMPERRADA NO ACT 2019; MOMENTO PEDE UMA GREVE NACIONAL

A direção da Petrobras não dá sinais que pretende diminuir o ritmo compressor contra empregos, direitos da categoria e privatizações. A posição ficou clara na última sexta-feira, 26 de julho, no Rio de Janeiro, durante nova reunião de negociações do acordo coletivo, da qual participaram as duas federações dos petroleiros.

Em nova negociação, Petrobras ignora propostas discutidas nas assembleias da categoria em todo o Brasil (Foto: Sindipetro-RJ)

As proposições dos representantes da empresa foram rejeitadas em uníssono por assembleias pelo Brasil inteiro. “Nos preâmbulos da reunião foram levantadas reclamações e denúncias várias, principalmente a questão das demissões”, avalia o secretário-geral da FNP, Eduardo Henrique, que participou da reunião. “A direção da Petrobras ainda teve o desplante de apresentar um slide com os ‘avanços’ da primeira pra segunda proposta”, completa Eduardo, se referindo à absurdos como a redução do pagamento das horas extras.

Ao fim do encontro, a gerência de Gestão de Pessoas nem mesmo informou se apresentará nova proposta, além de expor visão corporativa de que o tema privatização não será debatido nessa mesa. Não há sequer uma outra reunião agendada.

A saída agora é organizar a categoria para o forte enfrentamento que virá, começando pelo calendário de lutas contra a retirada dos direitos impostos pela direção da companhia. Unidas, as federações propõem uma agenda com atos, mobilizações nas bases, seminários e palestras em todo o Brasil, iniciando já no mês de julho e adentrando agosto. A FNP segue insistindo que é urgente a categoria tomar o protagonismo da negociação e não deixar o calendário do ACT avançar lentamente como é de interesse da gestão Castello Branco/Bolsonaro.

O momento não é de hesitação. É preciso que a categoria compreenda o que está em jogo, entendendo que a mesa de negociação se esgotou. Acompanhe o calendário completo abaixo.

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