A Petrobras não atendeu à reivindicação da Federação Nacional dos Petroleiros, durante as reuniões de acompanhamento, realizada nos dias 11, 12, 18 e 19 de junho, no Rio de Janeiro. A empresa descumpriu o Acordo Coletivo de Trabalho com descontos extraordinários relativos à Assistência Multidisciplinar de Saúde de junho a dezembro.
Reuniões de acompanhamento ocorreram nos dias 11, 12, 18 e 19 de junho, na cidade do Rio de Janeiro (Foto: FNP).
A FNP exigiu que os gestores resolvessem o problema criado pela própria Petrobras, suspendendo os descontos e devolvendo os já realizados, além de criar alternativas baseadas nos custos reais da AMS, proposta negada pela empresa.
Outra crítica feita pela Federação no decorrer das reuniões foram os comunicados enviados aos aposentados com ameaças de corte de AMS caso não fizessem o cadastro dentro do prazo estabelecido pela Petrobras, no dia 31 de maio.
Como resultado, ficou decidido que os cancelamentos devem ser feitos dentro do prazo de 150 dias, segundo regras da AMS. Caso o trabalhador fique inadimplente, a Petrobras comunicará a entidade sindical para intermediar a regularização cadastral.
Durante as negociações, também foi discutida a relação de 70×30 (70% do custeio de AMS atualmente são da Petrobras e 30% dos trabalhadores). A Petrobras pretende mudar a relação para 50×50 – proposta criticada pela FNP. “Também fizemos a cobrança para que o Benefício Farmácia seja feito em onze parcelas”, explicou Agnelson da Silva, diretor do Sindipetro PA/AM/MA/AP.
Sobre as negociações do ACT 2019, as datas para as novas reuniões ainda não foram confirmadas. “Outro ponto a ressaltar: a Petrobras, cada vez mais, fomenta o individualismo entre a categoria, a exemplo da proposta do Programa de Remuneração Variável (PRVE) e o futuro Programa de Prêmio por Perfomance (PPP).
Sabemos, porém, que nesse momento, é preciso se manter unidos em prol de interesses coletivos”, segundo nota da FNP.
