Manifestação de 26 de maio: pró-Bolsonaro; apoiada por grupo de empresários “Brasil 200” (Riachuelo, Havan, Polishop, etc); a favor da reforma da previdência; a favor da MP 870, que acabou com o Ministério do Trabalho; a favor de que o poder executivo feche os demais poderes, ou seja, uma ditadura Bolsonaro. Idiotas inúteis.
Manifestação de 30 de maio: a favor da educação (contra os cortes); convocada por estudantes, pais de alunos e profissionais da educação; apoiada por diversos setores da classe trabalhadora; a favor dos recursos do pré-sal para a educação pública. “Idiotas úteis”, segundo Bolsonaro.
O tsunami da educação do dia 15 de maio, com mais de um milhão de manifestantes em quase 200 cidades, mostrou que é possível enfrentar os ataques do governo federal e desmascarar sua política antipopular. No mesmo dia, o ministro da pasta deu mais um espetáculo de incompetência no Congresso Nacional.
O desgaste do governo se aprofunda, como mostrou nova pesquisa da consultoria Atlas Político divulgada em 22/5. Os que dizem que o governo é ruim ou péssimo já somam 36,2%, contra 28,6 que o aprovam.
O próximo episódio dessa luta pelo futuro do país se dará em relação às mobilizações dos próximos dias. A convocação dos apoiadores de Bolsonaro tem mostrado fraqueza com constantes divergências entre setores da base de apoio do governo, que refutam participar dos atos pelo seu caráter golpista.
A manifestação chamada pelos estudantes, no entanto, cresce em mobilização a cada dia. Acreditamos que elas podem ser fundamentais para servir como aquecimento para a grande greve geral do dia 14 de junho. Afinal de contas, o projeto de ataque da ultradireita abrange a educação e todos os serviços públicos (como a previdência), assim como as empresas estatais. Contra tudo isso nos levantaremos juntos para gritar: basta!
