A direção da Petrobras informou, no dia 25/3, que não pretende fechar acordo sobre novo modelo de PLR, evitando o pagamento do benefício no ano de 2020. A proposta da empresa, já exposta neste Boletim, é a de desviar os recursos da PLR para um Programa de Remuneração Variável no qual a direção se apropriará dos benefícios dos trabalhadores em prol de seus interesses.
Para dar prosseguimento ao seu plano, a Petrobras alega que o não fechamento de um acordo até o final de 2018 impossibilitaria pagamento a título de PLR em 2020, mas a justificativa é irreal do ponto de vista da lei. Com a nova proposta, Castello Branco oneraria a própria Petrobras e a categoria, uma vez que a legislação livra a empresa do pagamento de encargos da PLR e a lei garante tributação exclusivamente na fonte para o benefício dos trabalhadores.
No dia 9/4, a empresa realizou uma apresentação do programa de remuneração variável, o chamado Prêmio por Performance, à FNP. “Nossa avaliação é muito ruim porque é um programa muito mais voltado para premiar os altos cargos. É uma desvantagem muito grande para a faixa salarial menor”, denunciou Lourival Júnior, diretor-secretário do Sindicato dos petroleiros.
O pagamento do benefício seria condicionado ao Gerenciamento de Desempenho do Trabalhador, que é aferido pelo gerente imediato. “Se o trabalhador não fizer parte da política que eles querem, vai ter uma nota reduzida. Vai receber menos ou vai nem mesmo receber”, protestou Lourival Junior.