A gestão Castello Branco/Bolsonaro deu os primeiros sinais de como será o tratamento dado à categoria e seus representantes.
No início de fevereiro, a direção da empresa “dispensou” da função de especialista (consultoria) a engenheira Carla Marinho e a geóloga Patrícia Laier. Ambas haviam sido revalidadas pelos critérios da própria Companhia, em 2018. São profissionais com 17 e 19 anos de serviços à Petrobras, sem qualquer evento que as desabone.
Qual o motivo da medida? Ambas exercem mandato de direção no Sindipetro-RJ e no Conselho Fiscal da Associação dos Engenheiros da Petrobras. São lideranças na luta contra a privatização e aos ataques à categoria.
E seguem as perseguições: a assistente social e diretoria do Sindipetro-RJ, Moara Zanetti, lotada na gerência de Gestão de Pessoas (antigo RH), vem sendo forçada a trocar de setor por um suposto “conflito de interesses”. No entanto, Moara e o sindicato são representantes legais e constituídos na defesa da categoria petroleira, não portando interesses individuais e sim coletivos.
Além disso, gerentes filiados aos sindicatos têm sido coagidos a pedirem o desligamento do quadro de associados. O Sindipetro-RJ também foi proibido de realizar atividades em qualquer área da empresa, incluindo a entrada de prédios.
Todas essas medidas são abertamente antisindicais e atentam contra o próprio código de ética da empresa, que reconhece o direito a livre associação dos empregados e respeito aos sindicatos.
Qual deve ser nossa reação? Lutar para reversão destas medidas autoritárias e nos unirmos ainda mais em torno de nossos sindicatos!