Trabalhadores do Terminal da Transpetro em Belém vêm sendo expostos a ambientes degradantes com alto risco para a saúde. A denúncia foi da própria categoria que, a cada dia, vive irregularidades trabalhistas e situações vexatórias. No dia 1/02, por exemplo, um trabalhador desmaiou durante a execução de uma tarefa!
O caso aconteceu com um empregado da Perbras, empresa terceirizada que presta serviços à Petrobras em todo o Brasil. O homem estava em cima do navio, quando passou mal, vindo a desmaiar. Um sintoma da carga de trabalho estafante a que são submetidos esses empregados. Soma-se a isso a falta de estrutura do Porto de Belém, o que faz com que qualquer serviço seja executado no mínimo com o triplo de esforço necessário.
Em janeiro, outro caso: por volta do dia 20, ocorreu gotejamento em uma conexão de manifold de terra com um mangote de navio de GLP. O gotejamento do produto MF380 não foi percebido pelo auxiliar de operações, que se deslocou à casinha do píer, quando o procedimento correto era aguardar dez minutos no início da operação.
O problema foi percebido por um tripulante do navio, que ativou a botoeira de emergência e evitou um problema ainda maior. Para o Sindipetro, a situação é resultado da contratação de profissionais sem experiência e da falta de treinamento. Esse é um mecanismo usado pela Perbras com o objetivo de cortar custos e tem anuência da Transpetro.
Falha na segurança coloca trabalhadores em risco
Uma invasão durante a madrugada demonstrou as falhas de segurança no Terminal de Belém. No dia 1/02, a área operacional do terminal foi invadido por um homem aparentemente em estado ébrio. Ainda assim, ele conseguiu percorrer o espaço sem grandes dificuldades. O homem ainda caminhou por entre o campo da CDP até chegar à Transpetro. A invasão demonstrou o quanto trabalhadores atuam em meio à insegurança na base.