Contratados da gerência de Serviços Gerais (SG) estão sendo vítimas de assédio moral na Província de Urucu (AM). A coação vem sendo exercida por uma gerente regional da empresa GRSA, que ameaça os empregados, até mesmo de demissão, conturbando o ambiente de trabalho e piorando as condições individuais dos empregados. A ação da gerente se iniciou após o episódio em que foi encontrada comida vencida nas dependências da empresa, no Urucu.
No início de dezembro de 2018, um surto acometeu cerca de 70 trabalhadores. Os empregados sentiram sintomas como vômito, diarreia e dores abdominais. No mesmo período, foram descobertas oito toneladas de alimentos fora da validade. Trabalhadores e o Sindipetro denunciaram o caso ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e à Vigilância Sanitária, exigindo uma apuração que aponte se há relação entre a comida estragada e o surto.
Desde então, segundo relatos, a gerente da terceirizada, que administra contratos de hotelaria e alimentação em unidades da Petrobras por todo o Brasil, começou a viajar ao Urucu, passando dias na província, como forma de intimidação. As denúncias foram confirmadas pela supervisão da gerência de SG: quem consegue realizar suas atividades normalmente sob ameaça constante de demissão?
Petrobras deve fiscalizar empresas terceirizadas
A presença da gerente é danosa à categoria e à rotina de trabalho do Urucu. Atuando sob pressão, os empregados correm um risco muito maior de exposição a acidentes. Ao invés se adaptar às normas da Petrobras, cumprindo o que está previsto nos contratos, empresas terceirizadas se impõem, atropelando as regras de governança da empresa.
O Sindipetro exige que cessem as viagens da gerente regional ao Urucu ou que, pelo menos, a Petrobras impeça que os casos de assédio moral continuem. Os gerentes de contrato não podem permitir que empresas terceirizadas descumpram a legislação trabalhista dentro de nossa própria casa.