CAPITALIZAÇÃO NA PETROS E INSS

A marcha para um futuro tenebroso em relação às aposentadorias tem atingido nossa categoria nas “duas pernas”. Por um lado, a direção da Petrobras e da Petros lançaram o rebaixado “Petros 3” (Contribuição Definida – CD – puro) como alternativa ao Plano de Equacionamento do Déficit do Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP).

Já não bastasse a ameaça de mancar do lado da previdência complementar, o novo governo propõe quebrar a outra perna: a ameaça de um Regime Geral de Previdência Social (RGPS) capitalizado.

Tanto o PPSP da Petros quanto o RGPS do INSS foram criados a partir do conceito da solidariedade intergeracional (mutualismo e repartição, respectivamente). Os trabalhadores da ativa contribuem para o pagamento dos aposentados, garantindo um valor próximo ao recebido no fim da carreira. No PPSP, mesmo os inativos seguem contribuindo para o plano.

Num governo de extrema-direita como o atual, essa noção coletivista é um dos principais alvos da política econômica. E com a pregação capitalista do individualismo cada vez maior, essas propostas casam exatamente com o regime de capitalização, em que cada um “coloca dinheiro na sua caixinha”.

Só que essa caixinha será tão vazia quanto os salários rebaixados por conta do nível de desemprego e da desregulamentação trabalhista. Para completar, essa política abre espaço para que os grandes bancos ganhem muito especulando com os bilhões a serem “capitalizados”, devolvendo ao trabalhador uma pequena fração do valor gerado.

Juntos vamos lutar pelos nossos direitos na Petros e no INSS!

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