As mangueiras de combate a incêndio da Província de Urucu estão com suas certificações atrasadas há pelo menos nove meses. A denúncia é de trabalhadores que lidam diariamente com o equipamento. Isso porque o material deveria passar anualmente por uma certificação, a ser realizada em abril de cada ano. Até agora, porém, todas as mangueiras seguem com seus certificados atrasados.
De acordo com relato dos empregados, o equipamento já demonstra sérios sinais de desgaste: os corpos das mangueiras desbotados, as proteções se soltando e o surgimento de vincos em suas dobraduras.
Com equipamento desgastado e brigadistas sem treinamento, empregados do Urucu atuam em ambiente de trabalho inseguro.
Mas as denúncias não param. Além da situação precária do material, a falta de preparo para o combate a possíveis incêndios no Urucu aumenta ainda mais por conta do descaso com o treinamento de seus brigadistas. É que os cursos de capacitação são ministrados por trabalhadores terceirizados que não estão aptos a essa tarefa. “Eles não foram treinados para nos treinar”, lamentou um trabalhador da Província de Urucu.
A situação chegou ao cúmulo: durante as aulas teóricas, os próprios ministrantes entram em contradição com as técnicas apresentadas. Como resultado, os trabalhadores acordaram em não questionar as informações apresentadas para evitar mais constrangimentos. Além disso, as aulas práticas são realizadas nas dependências da empresa, quando, na verdade, deveria ser realizada, a cada dois anos, uma certificação em local externo, o que também não ocorreu.
Todo esse descaso demonstra que a direção da Petrobras perdeu o senso mínimo de preocupação com o patrimônio e, principalmente, com as vidas dos/as trabalhadores/as. Exigimos que tais questões sejam revistas imediatamente e que a segurança no ambiente de trabalho seja prioridade!
