O Sindipetro fez denúncia, no dia 13/12, ao Ministério Público do Trabalho da 11ª Região (Amazonas) sobre o surto que acometeu 70 trabalhadores na Província do Urucu, na última semana. Os empregados sentiram vômito, disenteria e dores abdominais. O sindicato solicitou ao MPT investigação para apurar as causas do ocorrido e, ainda, a descoberta de oito toneladas de alimentos estragados no Urucu. A denúncia também foi encaminhada à Vigilância Sanitária.
A Gerência Geral alegou ter colocado em curso investigações internas sobre os fatos e se há relação da alimentação estragada (carnes e laticínios) com o quadro de saúde dos trabalhadores. Até agora, porém, a GG não se pronunciou. Enquanto isso, os empregados desempenham suas atribuições em meio ao medo de novos problemas de saúde. Na ocasião, muitos trabalhadores tiveram de abandonar seus postos de trabalho para receber atendimento no setor médico.
Segundo informações, as oito toneladas de carne já estão a caminho de Manaus (AM), mas não há confirmação sobre o descarte do material. O Sindipetro se mantém vigilante quanto a esse procedimento.
Suspeitas de novas irregularidades
O Sindipetro tomou conhecimento de que, durante a descoberta da carne estragada, foi encontrado no escritório da empresa GRSA, responsável pela alimentação, um carimbo para adulteração do vencimento dos alimentos. Essas e outras informações foram denunciadas pelos trabalhadores ao sindicato.
Ainda segundo a denúncia, os profissionais da cozinha eram obrigados pela empresa a preparar as refeições com alimentos vencidos. Além disso, a fiscalização do contrato da GRSA com a Petrobras viria sendo realizada por trabalhadores terceirizados.
É inadmissível que ainda vivenciemos fatos dessa natureza, já que a alimentação é prestada a partir de contrato da GRSA com várias unidades da Petrobras. Cobramos ainda que a fiscalização de um contrato desse tipo seja realizada rigorosamente por trabalhadores próprios.