Na rodada de reuniões entre os sindicatos da FNP e a direção da Petrobras realizada na última semana, no RJ, o tema da Participação no Resultados (PR) esquentou o debate.
Tudo porque a direção da empresa resolveu “inovar” contra os direitos da categoria em relação ao “regramento”. A “PLR futura” passou a valer em 2013 com vigência até este ano.
Desta vez, o RH quer impor como “remuneração” apenas a soma da RMNR, Adicional por Tempo de Serviço (ATS) e função gratificada (paga aos chefes). Esta distorção afeta também a cláusula que dispõe que a relação entre a maior e a menor PR na empresa, o piso teto, seja de 2,5 vezes.
Lembremos que em 2016 a manobra foi o “1%” que teria faltado para atingir as metas. Em 2017, novamente a desculpa foi que estas não haviam sido atingidas e o resultado foi impactado pelo pagamento da antecipação de dívidas com o BNDES (R$ 16,7 bi) em 23/12.
No exercício para a PR deste ano, o “prejuízo” foi gerado pelo pagamento a acionistas americanos (quase US$ 3 bi). A empresa enviou a sua proposta numa sexta-feira à tarde (27/4) e pressionou para que os sindicatos assinassem já no dia útil seguinte (30/5).
Ao tomar conhecimento das “pegadinhas”, a FNP exigiu uma resposta da empresa e informou que a proposta será ainda submetida a assembleias para que a categoria se posicione, como é nosso procedimento. Até o momento, o RH não respondeu.