A tragédia do incêndio e desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida em pleno feriado do Dia do Trabalhador, na capital paulista, escancarou a situação de penúria que vive grande parte da classe trabalhadora no país.
A falta de um salário digno que garanta o direito às necessidades básicas como alimentação, saúde, educação, transporte, moradia, entre outros, tem levado os mais pobres a ser organizarem para ocupar edifícios vazios nas regiões centrais. Há muita gente sem teto e muito teto sem gente!
Infelizmente, alguns poucos aproveitadores se utilizam da necessidade das famílias para extorquir valores dos que pouco tem. É preciso esclarecer que grande parte do movimento de luta por moradia é composta por gente séria e que não cobra taxas abusivas dos que ocupam.
Os governos precisam garantir políticas habitacionais que contemplem as famílias de baixa renda, as quais não são atendidas pelos empreendimentos lançados pelo mercado.
Afirmamos que lutar por moradia não é crime. Os culpados pela morte são os governantes e os agentes do mercado que priorizam o lucro à dignidade e a vida.